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Terapeuta Winnicottiano

  • Foto do escritor: Rogério Paulo
    Rogério Paulo
  • 10 de nov. de 2024
  • 2 min de leitura

Atualizado: 12 de nov. de 2024

Postura acolhedora
Postura acolhedora

O terapeuta winnicottiano é guiado pela compreensão de que o sofrimento emocional e os problemas psíquicos muitas vezes derivam de dificuldades na formação do “self” verdadeiro do paciente. Portanto, o foco do trabalho não está apenas em resolver problemas específicos ou sintomas isolados, mas em proporcionar um ambiente seguro para que o indivíduo possa se reencontrar com seu “eu” genuíno e amadurecer emocionalmente.

Uma das principais competências do terapeuta winnicottiano é a criação de um ambiente terapêutico acolhedor, um “espaço potencial” onde o paciente se sente livre para explorar suas questões internas sem medo de julgamento. Esse ambiente, descrito por Winnicott como “ambiente suficientemente bom”, é essencial para que o paciente se sinta seguro e confiante para expressar emoções reprimidas, acessar memórias e redescobrir aspectos profundos de sua identidade.


O terapeuta winnicottiano age como um facilitador que, através de uma postura receptiva e empática, oferece uma presença contínua e confiável. Ele permite que o paciente projete e explore partes de si que talvez nunca tenham sido plenamente acolhidas, proporcionando uma forma de reparação emocional. 


Outro aspecto crucial na terapie e análise winnicottiana é o uso do “holding” e do “handling” – conceitos que se referem, respectivamente, ao “segurar” e “cuidar” do paciente de maneira simbólica, como uma mãe faz com um bebê. O “holding” representa a capacidade do terapeuta de conter o sofrimento do paciente, oferecendo estabilidade emocional e apoio enquanto enfrenta dores e incertezas. Já o “handling” diz respeito a como o terapeuta responde e cuida do paciente, respeitando seu ritmo e suas necessidades, de modo que este se sinta valorizado e respeitado em sua individualidade. A técnica winnicottiana envolve um compromisso com a autenticidade.

 

O terapeuta não se coloca como um especialista distante ou impositivo, mas como um “companheiro de jornada” que, sem deixar de lado seu papel profissional, se engaja de forma humana e genuína. Essa autenticidade é essencial para que o paciente confie no processo terapêutico e se sinta encorajado a explorar seu mundo interno a partir do brincar e da criatividade. Para Winnicott, o brincar é uma manifestação natural do “verdadeiro self” e, ao brincar, o paciente pode entrar em contato com suas próprias capacidades criativas e expressar-se de forma livre e espontânea. O terapeuta winnicottiano promove esse espaço lúdico, incentivando o paciente a redescobrir o prazer de ser quem é, sem máscaras ou expectativas externas.


 
 
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